Todo este entusiasmo da nossa geração com a espiritualidade oriental parece-me estranho. Na realidade não encontro a leste qualquer espiritualidade mas um profundo realismo, uma quase inevitabilidade das desilusões que a vida nos vai apresentando. Diz o pragmatismo que não devemos colocar todos os ovos no mesmo cesto, o budismo que não devemos sequer ter ovos, o cristianismo que devemos por todos os ovos em todos os cestos, que os ovos continuarão inteiros mesmo que o cesto se rompa. O budismo é por isso uma espécie de pragmatismo desiludido, o cristianismo um absurdo radicado na espiritualidade.
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