A partir do próximo dia 1 de Janeiro, quando estiver num daqueles dias maus, quando quiser ser muito, mesmo muito mau, ao invés de bater em alguém, faço pior, acendo um cigarro!
Tuesday, August 14, 2007
Monday, August 13, 2007
Aborrecimento ateu
O problema do sofrimento é monopólio cristão. Não o sofrimento propriamente dito, esse também abunda entre as mais felizes casas ateias.
Porém, para que o sofrimento seja em si um problema, deverá existir uma realidade que pressuponha a sua inexistência; por alguma razão sofro quando isso não é, afinal, suposto acontecer.
Enquanto no cristianismo a causa última de todas as coisas é um Deus infinitamente bom e omnipotente, na perspectiva ateia nada existe que pressuponha uma realidade diferente daquela em que se vive. O mundo, aliás, existe em dor, do nascimento à morte, das mais simples às mais complexas formas de vida; em dor se nasce, em dor se cresce em dor se morre. Ainda que à partida o mundo não deva ser bom nem mau, a vivência diária revela a dor não apenas como realidade inegável, mas como constituinte do próprio viver. Assim, enquanto o cristão poderá perguntar até que ponto o seu sofrimento é compatível com a existência de um Deus que o ama, para o ateu não existe tal possibilidade, a dor existe, fim de conversa.
Ao ateu diagnosticada uma qualquer doença incurável não existe grande sentido em perguntas do tipo “porquê eu?”, ou para grandes exclamações como, “isto é injusto!”. Tudo é resultado do funcionamento mecânico do mundo em que vive. As suas células já não estão a fazer bem o seu trabalho, tudo a isto se resume. Ponto final. Ao ateu não cabe preocupar-se com a razão do seu sofrimento, ela não existe. Resta-lhe apenas consolar-se com o azar que teve.
Ser ateu é por isso aborrecido, não tanto pelo peso que assume a dor, porque esse bate-nos a todos, mas porque as perguntas mais giras desaparecem. Torna o mundo mais pequenino.
Porém, para que o sofrimento seja em si um problema, deverá existir uma realidade que pressuponha a sua inexistência; por alguma razão sofro quando isso não é, afinal, suposto acontecer.
Enquanto no cristianismo a causa última de todas as coisas é um Deus infinitamente bom e omnipotente, na perspectiva ateia nada existe que pressuponha uma realidade diferente daquela em que se vive. O mundo, aliás, existe em dor, do nascimento à morte, das mais simples às mais complexas formas de vida; em dor se nasce, em dor se cresce em dor se morre. Ainda que à partida o mundo não deva ser bom nem mau, a vivência diária revela a dor não apenas como realidade inegável, mas como constituinte do próprio viver. Assim, enquanto o cristão poderá perguntar até que ponto o seu sofrimento é compatível com a existência de um Deus que o ama, para o ateu não existe tal possibilidade, a dor existe, fim de conversa.
Ao ateu diagnosticada uma qualquer doença incurável não existe grande sentido em perguntas do tipo “porquê eu?”, ou para grandes exclamações como, “isto é injusto!”. Tudo é resultado do funcionamento mecânico do mundo em que vive. As suas células já não estão a fazer bem o seu trabalho, tudo a isto se resume. Ponto final. Ao ateu não cabe preocupar-se com a razão do seu sofrimento, ela não existe. Resta-lhe apenas consolar-se com o azar que teve.
Ser ateu é por isso aborrecido, não tanto pelo peso que assume a dor, porque esse bate-nos a todos, mas porque as perguntas mais giras desaparecem. Torna o mundo mais pequenino.
Wednesday, August 8, 2007
Cobardices
Para o ateu o cristão é um cobarde, cria Deus para viver mais confortado.
Para o cristão, o ateu é um cobarde incapaz de admitir que não se basta a si próprio.
O agnóstico é um cobarde, sempre.
(2ª versão)
Para o cristão, o ateu é um cobarde incapaz de admitir que não se basta a si próprio.
O agnóstico é um cobarde, sempre.
(2ª versão)
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