Thursday, November 26, 2009

A propósito do último Prós e Contras sobre o casamento homossexual lembrei-me de uma afirmação feita no primeiro programa que debateu esta questão, não me recordo muito bem por quem mas julgo ter vindo de um elemento da plateia. O debate incidia então sobre a adopção, sobre a capacidade de um casal gay educar um filho e o superior interesse da criança. Levantando-se indignado com o rumo do debate, alguém apresenta o argumento de que essa é afinal uma questão para ser decida por psicólogos e psiquiatras. Se estamos todos de acordo que é o bem-estar da criança a questão principal, será a ciência depois a determinar o que lhes convém ou não. Ninguém reage, ninguém o refuta. Eis aqui um exemplo elucidativo de como gradualmente esvai-se o mistério e ganha lugar o Homem objectivado, inteligível, cinzento e, nem uma palavra.

Toda uma bancada do sim erguendo as suas coloridas bandeiras arco-íris do movimento LGBT, anunciando o fim de uma visão monotónica da sociedade, anunciando novas cores, novos espectros, novas formas de vida. Enganam-se porém, do novo espectro emana uma só cor, a cor das próximas estações está já decidida, veio para ficar, e é o cinzento-ciência.

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