Friday, February 6, 2009

Quase todos os não crentes afirmam a sua incredulidade com uma espécie de orgulho que não compreendo. Se nada existe, qual o mérito de tal atitude? Usando uma analogia estúpida mas, recorrente entre os mais orgulhosos ateus, também eu não acredito no Pai Natal, só que não ando particularmente orgulhoso disso.

O problema de facto só existirá se a possibilidade da existência de Deus for corajosamente encarada (coisa que a maioria dos orgulhosos preguiçosamente não faz), se a fé como mistério que assalta violentamente o nervo central da existência humana for sinceramente considerada. Nessa altura acreditar ou não torna-se uma terrível dor de cabeça, uma permanente angústia, e se no final uma pessoa continua a não acreditar, acreditem, não bradará aos sete ventos semelhante desfecho. Apenas porque considerou-o seriamente.

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